Por Murillo de Aragão, cientista político Lula, o mais bem-sucedido presidente da história do Brasil, também é um sucesso de público, mas não um sucesso de crítica. Agora, por ocasião do voto do Brasil contra o Irã, alguns analistas se apressaram em dizer que Lula foi derrotado. Ou seja, que Dilma fez algo que Lula não teria feito. E, por conseguinte, busca-se isolar o comportamento de Dilma da esfera de influência de Lula. Antes Dilma era uma espécie de candidata “marionete”. Agora, segundo alguns analistas, estaria se rebelando contra o criador. O episódio do Irã seria a prova. Augusto Nunes foi contundente: “A mudança de rota é um soco no peito de Lula, pai da política externa da canalhice.” Ledo engano, má-fé, desinformação ou tudo junto. A “mudança” do Brasil em relação ao Irã não é um fato novo. Muitos sabem que Lula ficou enfurecido com a atitude de Ahmadinejad de melar o acordo costurado sobre as usinas nucleares. Lula cumpria uma missão, a de trazer o Irã para a mesa de
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