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Mostrando postagens de setembro, 2010

"Posições de Avilete não condizem com as posições políticas e éticas do PSOL", diz nota

O PSOL de Sergipe divulgou nota ontem contra as declarações de Avilete Cruz, candidata ao Governo pelo partido, em relação a presidenciável Dilma Rousseff e por se posicionar contra o aborto. O documento também se posiciona contra a candidata por contra de sua postura nos debates que em muitos momentos soou como favorável ao candidato de oposição João Alves Filho (DEM). A meu ver, o PSOL demorou muito pra fazer isso. Desde o primeiro debate, Avilete tem apresentado um comportamento incompatível com as determinações do partido de esquerda. Segue na íntegra a nota: "A Executiva Estadual de Sergipe do PSOL, de modo unânime, vem a público,em respeito à juventude e aos trabalhadores sergipanos, em particular aos que lutam contra todas as formas de exploração e opressão, afirmar que várias posições defendidas pela candidata ao governo do estado pelo PSOL, professora Avilte, suas atitudes internas no partido e com os partidos da Frente de Esquerda não condizem com as posições políticas

Debate TV Sergipe: o que não deveria ser feito

O debate da TV Sergipe ontem foi útil para revelar uma série de debilidades dos candidatos a menos de uma semana das eleições. O formato engessado do programa e o tempo exíguo foram também fatores limitadores para que as discussões não se aprofundassem. A sensação, ao final dos quatro blocos, é de que o debate nem havia começado. São vários os problemas que podem ser citados: 1 – Os candidatos precisam estar conscientes do tempo de cada etapa do debate. As perguntas deveriam ser formuladas em 30 segundos. E as respostas em um minuto e meio. Réplica e tréplica duram um minuto cada. Qual a dificuldade de se entender isso? 2 – Perguntas devem ser diretas e objetivas. Para candidatos que não ficam à vontade diante das câmeras, deve-se optar por questionamentos simples e que possam se reverter em situações positivas na réplica. 3 – O tempo da resposta é para a resposta, que deve ser relacionada ao que foi perguntado pelo adversário. Usar o tempo para fazer ataques limita o candidato

Segundo turno não está descartado

O sonho de Lula de ver sua candidata eleita no primeiro turno pode não se realizar. Pesquisa Datafolha realizada ontem mostra que a queda de Dilma Rousseff não foi pontual e que a tendência das possibilidades de se liquidar a fatura logo no dia 3 se torna cada vez mais difícil. De acordo com a pesquisa, a candidata do PT caiu em todos os todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade. Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos totais e entre os válidos. Ela recuou de 49% para 46% (54% para 51% nos votos válidos). Serra manteve-se com 28% (nos votos válidos, ele subiu um e tem agora 32%) e Marina também cresceu um ponto de 13% para 14% (entre os válidos, ela foi a 16%). Entre hoje e sábado novas pesquisas serão divulgadas. O próprio Datafolha divulga mais uma, o Ibope, duas, e o Sensus, mais uma. O Vox Populi, por sua vez, tem divulgado diariamente o tracking, que mostrou de segunda para terça-feira estabil

Marina chega à reta final mais ‘aprumada’ que Serra

Por Josias de Souza Realizou-se na noite passada, na TV Record, o penúltimo debate presidencial antes do primeiro turno da eleição. Os contendores voltaram aos holofotes num instante em que a platéia se pergunta: Haverá segundo turno? A julgar pelas últimas pesquisas, a resposta é “não”. Mas José Serra e, sobretudo, Marina Silva tentam modificar a cena. Marina chega à reta final com o discurso mais aprumado que o de Serra, eis o que ficou evidenciado no debate. Serra é, hoje, um candidato na defensiva. Gasta mais tempo se explicando do que vendendo seu peixe. Curiosamente, dirigiu a maioria das perguntas que lhe coube formular não a Dilma, como seria lógico, mas ao lanterninha Plínio de Arruda Sampaio. Só questionou Dilma quando as regras do debate o impediram de se desviar da rival. Dilma fez o mesmo. Inquiriu ora Marina ora Plínio. Em confrontos anteriores, Serra esfregara no nariz de Dilma o ‘Fiscogate’ e o ‘Erenicegate’. Na Record, absteve-se de repetir a tática. O caso da

Políticos não sabem utilizar redes sociais para angariar votos, revela estudo

Algumas pesquisas feitas pela Politike , empresa especializada no monitoramento, diagnóstico, estratégia e análise de conteúdo online de candidatos políticos e/ou governantes de qualquer esfera (municipal, estadual ou federal, seja no poder legislativo ou executivo) evidenciam que, mesmo tendo perfis em diversas redes sociais, a maioria dos elegíveis não sabe fazer uso das armas que o mundo da web tem. O que não se pode perder de vista é que existe uma grande diferença entre estar presente no twitter, nos blogs, em redes sociais e utilizá-los da forma mais eficaz e eficiente possível para atingir o grande, para não dizer único, objetivo: conquistar seguidores e, por conseqüência, mais votos ressalta Joice Maffezzolli, coordenadora da Politike, que atua há nove anos com política. Ainda segundo estudos feitos pela Politike, alguns erros cometidos pelos políticos na web são recorrentes. Muitos candidatos já tinham perfis pessoais no twitter, por exemplo, e acabaram criando um outro pa

O país que não me inspira

Por George Lemos (@georgelemos1986) Realmente, não me inspira. Cada vez menos sinto esse país como um lugar seguro pra se viver, ter filhos e crescer. É o país da euforia letárgica, entorpecente e que nunca chega ao patamar desejado: o de ser potência global. É o país onde as pessoas reclamam da corrupção e o máximo que fazem, são movimentos virtuais. As ruas não cabem nos protestos e os protestos não se expandem em meio aos logradouros públicos: avenidas, ruas e praças servem para, no máximo, manifestos pelegos. A mim, me dói ver um país ser empurrado para o totalitarismo de uma só tendência política. Ainda que se tenham opções nos nomes, não as há em tendências. Onde o divergente é execrado, perde seus direitos de cidadão e é posto no limbo, não há democracia plena. É certo que estamos livres das torturas e das agressões do período militar, mas agora há uma violência quanto aos conceitos próprios ou particulares: é o que chamamos de politicamente correto. E a redemocratização

O que dizem os números do Datafolha

O mais recente escândalo envolvendo a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que deixou o cargo após revelações de que seu filho, Israel Guerra, exercia tráfico de influência no Governo reduziu a vantagem de Dilma Rousseff sobre a soma das intenções de voto dos demais adversários. Segundo o Datafolha, a diferença entre a petista para os demais caiu de 12 pontos para sete. Dilma aparece agora com 49% (tinha 51% há uma semana), contra 42% de todos os outros postulantes (que apareciam com 39%). José Serra (PSDB) está em segundo, com 28% (tinha 27% na semana passada), enquanto Marina Silva oscilou positivamente dois pontos percentuais e passou de 11% para 13%. Brancos e nulos somam 3% na nova pesquisa (ante 4% da semana passada), enquanto 5% dos eleitores entrevistados se declaram indecisos (dois pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior). As movimentações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o

A absolvição de Déda: fato político positivo e decisivo

O que poderia redundar num fato catastrófico para a candidatura petista ao Governo do Estado resultou num acontecimento político positivo para Déda a menos de duas semanas das eleições. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedente o pedido de cassação contra o governador, em decorrência de eventos realizados em 2006, quando o petista deixou o cargo de prefeito de Aracaju para se lançar candidato ao Governo. Potencializados por uma reportagem da revista Veja, que denominou ‘a despedida’ de Déda da prefeitura de “Micareta Picareta”, os sete eventos de inauguração de obras com shows de Ana Carolina, Dudu Nobre e Fábio Júnior foram usados de forma incansável pela oposição. Durante os últimos quatro anos, o governador teve que responder a uma série de perguntas sobre o assunto. Em junho, por exemplo, durante a vinda da presidenciável Dilma Rousseff a Sergipe, um repórter da Folha de S. Paulo questionou a candidata sobre o processo contra o governador. Déda não gostou da pergu

Debate da TV Atalaia: ataques, despreparo e superficialidade

Foto: César de Oliveira Qual a real função de um debate eleitoral? Levar os candidatos a apresentar propostas? Fazer com os eleitores avaliem quem é o mais preparado para governar? É com estas teorias que ele se justifica. Mas, assim como na política, na prática, isso não se aplica. O debate da TV Atalaia realizado ontem foi a prova disso. O encontro entre Déda, João e Avilete tornou-se um embate duro, que em alguns momentos reduziu o nível do programa a troca de acusações e a abordagem repetitiva dos temas. Faltou aprofundamento. Quase não foi possível localizar a apresentação de um programa de Governo para áreas essenciais, como Saúde, Educação, Segurança e Emprego. De longe o mais preparado, Déda soube surfar sobre as debilidades de argumentação e de comportamento de seus adversários (ou seriam, acusadores?) durante todo o programa. Foi irônico, soube tirar proveito das perguntas mal elaboradas de Avilete Cruz e levantou temas de perguntas para os outros candidatos que lhe re

A busca por um Brasil do voto

Por Igor Almeida (blog Diz Aí ) O ano de 2010 marca mais um período de eleição. A esperança de renovação se afirma para muitos brasileiros, cidadãos conscientes da importância do poder que têm para definir o futuro do país. Também integrantes do processo eleitoral, políticos e seus partidos organizam apoteóticos comícios e campanhas com ideologias e promessas de mudança para alcançar a vitória nas urnas. É uma verdadeira festa da democracia que enaltece e legitima a soberania do voto popular. Tudo muito bonito, mas a realidade passa longe dessa maquiagem que criaram para exemplificar o conceito de democracia. Enquanto alguns poucos idealistas comemoram a chegada do período eleitoral, outros poucos realistas a vêem como motivo de preocupação e incerteza. Preocupação por vivenciarmos a corrupção dia a dia, por estarmos sujeitos aos desmandos políticos. Preocupação por termos um aparelhamento estatal manipulável, e principalmente, por vivermos num Estado que corrobora com esse tipo de

Eleitor levará um 1 minuto e meio pra votar

Falta pouco para o eleitor brasileiro ir às urnas escolher os representantes dos Estados e do país pelos próximos quatro anos. No dia 3 de outubro, ele poderá votar em até seis candidatos. Pela ordem da urna eletrônica, o eleitor votará em deputado estadual, deputado federal, senador para a 1ª vaga, senador para a 2ª vaga, governador do Estado e presidente da República. No momento da votação, o brasileiro terá que apresentar o título de eleitor e um documento com foto. Como acontece a cada oito anos, em 2010 serão escolhidos dois senadores por Estado. Por conta disso, o eleitor terá direito de votar em dois candidatos distintos. Não será permitido votar no mesmo candidato duas vezes. Caso assim proceda, somente o primeiro voto será considerado. O segundo será anulado. Para não correr o risco de se confundir ao utilizar a urna, o Tribunal Superior Eleitoral – TSE – aconselha o eleitor a levar anotado num papel o número dos seus candidatos. É a chamada ‘cola eleitoral’. De acordo com

Os escândalos e a eleição no 1º turno

Ainda não se sabe que peso terá o escândalo que envolve a ex-ministra Erenice Guerra sobre a candidatura de Dilma Rousseff (PT). Será que a denúncia de tráfico de influência por parte da filho da ex-ministra poderá levar a eleição para o segundo turno? Entre os mais escolarizados e de renda mais alta, Dilma caiu consideravelmente nas últimas semanas por conta da quebra de sigilo na Receita Federal. As intenções de voto migraram para Marina Silva (PV). Sobre o eleitor menos escolarizado e com renda mais baixa, o efeito foi nulo. Agora resta saber se o atual escândalo – bem mais escamoso – terá o mesmo efeito sobre a intenção de voto dos brasileiros. A campanha de Dilma está acompanhando diariamente o reflexo do noticiário sobre os eleitores. Ainda não deu pra captar grandes mudanças. Já os institutos de pesquisa devem divulgar nos próximos dias novas sondagens com dados que podem revelar a ascendência ou não do escândalo sobre o voto do eleitor. Nas pesquisas mais modestas, Dilma

Ficha Limpa barrou 242 candidatos

Com o encerramento dos julgamentos de candidaturas por parte das cortes eleitorais regionais, chega a 242 o número de registros negados com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). Esta quantidade, nos Estados, pode ser modificada com a análise de recursos no Tribunal Superior Eleitoral – TSE. O Estado com o maior número de candidatos barrados pelas novas regras de inelegibilidade foi São Paulo. Foram 39 registros negados. Destes, o caso mais emblemático é o do deputado federal Paulo Maluf, PP, que tenta a reeleição, mas que acabou enquadrado na Ficha Limpa por conta de uma recente condenação por improbidade administrativa. Depois de São Paulo, vem o Ceará, com 29 indeferimentos, e Rondônia (24). O TRE de Rondônia barrou, entre outros, o candidato ao governo local Expedito Junior, PSDB. O tucano foi condenado ano passado pelo TSE por conta de irregularidades na campanha ao Senado de 2006. Expedito teve o mandato cassado e a perda dos direitos políticos por três anos de

Os excessos dos políticos e o controle da mídia

Liberdade de imprensa e autonomia dos meios de comunicação sempre geram grandes embates e certas declarações polêmicas. O Governo Lula, por exemplo, em muitas ocasiões, já foi acusado de tentar censurar a mídia e estabelecer mecanismos de controle. Os meios de comunicação, por sua vez, foram e são implacáveis com o atual Governo. Reconheço isso, embora não enxergue problema nesta atitude. A imprensa exerce seu papel de fiscalizar os Governos, que muitas vezes negligenciam o trato com a máquina pública. Sem a presença dos meios de mídia, os políticos se sentiriam (ainda) mais poderosos. Por conta disso, é visto como levante autoritário qualquer tentativa (ou mesmo uma simples declaração) de controle da liberdade de imprensa no Brasil. Na última segunda-feira, 13, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, protagonista do mensalão, durante uma palestra para petroleiros, afirmou que “o problema do Brasil é o excesso de liberdade de imprensa”. “Dizem que nós queremos censurar a imprensa

Sergipe, o estado consumado

Por George Lemos (@georgelemos1986) Salvo contrário, as eleições para governador em Sergipe, serão decididas em primeiro turno. Não que eu tenha algo a favor ou contra o fato anteriormente apresentado, mas, independentemente da ideologia que você defenda, essas eleições mostraram que o processo de renovação política é lento. Não que tenha sido mais ágil, no plano nacional, mas a coisa que parecia ter sido dinamizada em 2006, não deu nenhum passo considerável em 2010. Aliás, essa eleição pode ser marcada por ressurreições de nomes que passaram boa parte da década em silêncio. E é um péssimo sinal. Se as forças políticas não se renovam, se o povo não busca outras vias para se representar, a tendência é assentar quem já estabelece as atuais relações do poder, apenas havendo as tradicionais mudanças de palanque. É em um cenário como o descrito acima, que os profissionais da política se sentem livres pra trocar de partido, de alianças e de ideologias. Não há compromisso com o proje

'Déda já gastou R$ 2,5 mi e João Alves, R$ 850 mil, na campanha'

Oi amigos que acompanham o meu blog. Cometi um erro na matéria intitulada 'Déda já gastou R$ 3,2 milhões e João, R$ 1,4 mi, na campanha', publicada na página 17 do Caderno 1 do jornal Cinform desta semana. os dados estão incorretos, porque cometi a besteira de somar os números da primeira e da segunda parcial da prestação de contas. Por isso, refiz a matéria, que já está publicada no Cinform online e que segue abaixo. Peço desculpa pelo equívoco. O candidato do PT ao Governo do Estado, Marcelo Déda, foi quem mais arrecadou e quem mais gastou em pouco mais de dois meses de campanha eleitoral. Déda arrecadou R$ 2,1 milhões e já gastou mais de R$ 2,5 milhões. Seu principal adversário, o ex-governador João Alves Filho, DEM, arrecadou e gastou bem menos: R$ 850 mil. A maior parte dos recursos da campanha do atual governador é de doações de empresas. Já no caso do candidato do DEM, a totalidade do que foi arrecadado é proveniente de outros candidatos e de comitês. Na primeira pa

Contrariando a chapa de Déda, mais prefeitos anunciam apoio a Albano

Albano recebe apoio de Paulo Brito “O nome de Albano está acima de siglas partidárias e sua candidatura independente serviu para mostrar isso, pois políticos de todas as tendências ideológicas estão sem constrangimento algum apoiando o seu nome para o Senado”. A declaração feita pelo prefeito de Poço Redondo, Frei Enoque, PSB, na última segunda-feira, 30, revela o crescimento do número de prefeitos que apóiam a candidatura de Albano Franco, PSDB, ao Senado, contrariando as alianças da chapa majoritária governista, que tem como candidatos a senador Eduardo Amorim, PSC, e Valadares, PSB. Até mesmo dentro do próprio Partido dos Trabalhadores, há prefeitos que não estão seguindo às determinações da coligação “Pra Sergipe continuar seguindo em frente”, do candidato a governador Marcelo Déda. Depois do prefeito de Propriá, Paulo Brito, PT, anunciar no início de agosto o apoio a Albano Franco, na semana antepassada foi a vez da prefeita de Carmópolis, a petista Esmeralda Cruz, também inf

Eleitor votará em dois candidatos ao Senado

A eleição de 2010 guarda uma peculiaridade que se repete a cada oito anos: no dia 3 de outubro, o eleitor poderá votar em dois candidatos ao Senado. Diferente da eleição de 2006, quando reelegeram a senadora Maria do Carmo, DEM, este ano, os sergipanos terão que votar em dois candidatos, para as vagas que hoje pertencem aos senadores Almeida Lima, PMDB, e Antônio Carlos Valadares, PSB. Este último é candidato à reeleição. Mas porque isto acontece? O cargo de senador se diferencia de todos os demais por uma série de fatores. O primeiro é o fato de que o mandato dura oito anos, e não quatro como dos demais cargos. Além disso, o candidato a senador deve ter na sua chapa o nome de dois suplentes, para o caso de ele renunciar ao cargo. Outro ponto importante é que o eleitor não pode votar duas vezes no mesmo candidato. Caso proceda dessa forma, só o primeiro voto é validado. O segundo é anulado. De acordo com a Constituição Federal, o Senado é renovado alternadamente. Ao todo são 81 sen

Mãe do povo vira avó e faz do neto peça da sucessão

Por Josias de Souza Roberto Stuckert/Divulgação O bebê Gabriel –3,955 kg, 50 cm— tornou-se personagem involuntário da eleição presidencial de 2010. A criança nasceu de parto online. Do ventre de Paula, a mãe, fez uma escala fotográfica no colo de Dilma, a avó, e foi mandado ao cristal líquido. A água do primeiro banho de Gabriel como que respingou no mouse dos internautas que acorreram à página da campanha, ao sítio do PT e ao twitter da candidata. Em movimento estudado, o petismo programou-se para extrair do nascimento do primeiro neto da “mãe do povo” o máximo proveito eleitoral. A operação fora deflagrada pelo patrono, na noite da véspera. Num comício realizado em Betim (MG), Lula ‘Cabo Eleitoral’ da Silva tratara a pupila como eleita. Dissera que, no exercício da Presidência, a avó iminente não iria apenas “governar”. Mais do que isso, ela iria "cuidar do povo”. No dizer de Lula, “a futura presidenta” dedicaria aos brasileiros seu “carinho”. Ela os trataria “com o

A doença de Lula

Por Gilberto Dimenstein Dilma Rousseff está vencendo as eleições porque Lula fez um bom governo, marcado pela redução da miséria, em meio a crescimento econômico e inflação sob controle. Simples assim. Soube manter as conquistas econômicas do seu antecessor e aprofundar programas sociais. Não conheço nenhum período da nossa história em que estivéssemos tão bem, apesar de muito longe de uma nação civilizada e precisarmos ainda de reformas ousadas. Difícil entender por que, com tantas conquistas, termine seu mandato atacando a imprensa, desrespeitando o poder judiciário, acobertando flagrantes falcatruas e dando sinais inequívocos de apoio do aparelhamento do Estado. Morei 13 anos em Brasília, onde respirava os bastidores do poder. Até que me cansei, por achar que estava ficando intoxicado. Vi como, frequentemente, os governantes também se intoxicavam e ficavam mentalmente doentes, ao transformarem a realidade em um espelho no qual queriam ser ver lindamente refletidos, sempre esti

Dilma obtém 56% e Serra cai para 21%

Publicada originalmente no IG Sérgio Lima/Folhapress No sétimo dia das medições do tracking Vox Populi/Band/iG para a eleição presidencial, a petista Dilma Rousseff obteve 56% e o tucano José Serra 21% das intenções de voto. Em relação ao primeiro dia da medição, no dia 1 º de setembro, a petista oscilou positivamente cinco pontos percentuais. O candidato tucano teve oscilação negativa de quatro pontos percentuais. A margem de erro é de 2,2 pontos. No dia 1º de setembro, Dilma tinha 51% e Serra 25%. A candidata Marina Silva (PV), terceira colocada, manteve-se com 8% das intenções de voto. Brancos e nulos são 4%, indecisos somam 10%, mesmo índice do levantamento do dia anterior, e os outros candidatos têm 1%. A pesquisa, publicada diariamente pelo iG, ouve novos 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados. Na pesquisa espontânea, quando o nome do candidato não é apresentado ao entrevistado, Dilma osc

Debate com gosto de que nada vimos e ouvimos

Evento ocorreu no auditório do Banese Foto: Janaína Santos Aconteceu ontem o primeiro debate entre os candidatos ao Governo de Sergipe. O único com todos os sete postulantes ao cargo. Por mais de três horas, Déda, João, Professora Avilete, Vera Lúcia, Leonardo Dias, Pastor Arivaldo e Henrique Aragão se revezaram em respostas sobre os mais diversos temas. O encontro foi veiculado na TV Cidade e retransmitido pelas rádios Ilha FM e Jornal AM. Por conta do número de participantes e em decorrência das regras impostas, o debate não fluiu. É possível destacar alguns momentos mais interessantes e com alguma tensão entre os candidatos, mas a maior parte do tempo foi tomada por discussões pouco relevantes e de interesse público questionável. Os dois principais candidatos, Marcelo Déda (PT) e João Alves Filho (DEM), únicos com chance de vitória no pleito, não tiveram tempo hábil para discutir e até mesmo mostrar para a população qual dos dois é o melhor para Sergipe. A interessante compa

Serra agora é (definitivamente) um candidato de oposição

Por Josias de Souza A violação do sigilo fiscal da filha Verônica parece ter devolvido a José Serra o viço oposicionista que a marquetagem da campanha apagara. Na noite passada, em encontro com prefeitos de 353 cidades de São Paulo, Serra levou ao microfone o mais duro discurso de sua campanha. Soou como se desejasse relançar-se na disputa a 30 dias da eleição. Insinuou que falta “caráter” ao petismo e a Dilma Rousseff. Ao fixar diferenças entre sua biografia e a da antagonista, disse: “Não somos produtos de uma fraude”. Além de alvejar Dilma, Serra mirou no PT, no governo e –surpresa (!), espanto (!!)—até em Lula. Sem mencionar-lhe o nome, disse que o presidente converteu o Brasil “num porta-voz planetário de todo tipo de ditador, de facínora”. Como que decidido a imprimir novo rumo à campanha, Serra animou-se até a elogiar –estupefação (!!!)— a gestão FHC. Não chegou ao ponto de chamar o amigo pelo nome, mas não deixou dúvidas de que falava dele. Declarou, por exemplo

Contagem regressiva, acirramento de ânimos e o papel do cidadão

Chegamos hoje ao 1º dia do último mês de campanha. A partir de agora os candidatos entram em contagem regressiva para o término do período que antecede o voto nas urnas em 3 de outubro. Não será um mês fácil, não será tranquilo. Os candidatos entraram no clima verdadeiro de campanha. Tardiamente. Mas ainda assim ainda em tempo de envolver a população, empolgar o eleitor e motivar o brasileiro a participar do processo com vontade. Há por conta disso a certeza de que os ânimos ficarão mais acirrados. E isso não só pelo tempo exíguo, mas também pelas pesquisas divulgadas no final de agosto, que estão levando a um maior engajamento das lideranças e das militâncias partidárias. E isso em todos os grupamentos. Tanto entre os que apóiam Dilma/Déda quanto os que apóiam Serra/João. O desânimo fica por conta daqueles que não vestem a camisa verdadeiramente e que só entram no jogo com uma garantia falsa de vitória. No entanto, este acirramento pode descambar para o jogo sujo da baixaria. Na v