O debate da TV Sergipe ontem foi útil para revelar uma série de debilidades dos candidatos a menos de uma semana das eleições. O formato engessado do programa e o tempo exíguo foram também fatores limitadores para que as discussões não se aprofundassem. A sensação, ao final dos quatro blocos, é de que o debate nem havia começado.
São vários os problemas que podem ser citados:
1 – Os candidatos precisam estar conscientes do tempo de cada etapa do debate. As perguntas deveriam ser formuladas em 30 segundos. E as respostas em um minuto e meio. Réplica e tréplica duram um minuto cada. Qual a dificuldade de se entender isso?
2 – Perguntas devem ser diretas e objetivas. Para candidatos que não ficam à vontade diante das câmeras, deve-se optar por questionamentos simples e que possam se reverter em situações positivas na réplica.
3 – O tempo da resposta é para a resposta, que deve ser relacionada ao que foi perguntado pelo adversário. Usar o tempo para fazer ataques limita o candidato e cansa o eleitor/telespectador
4 – Temas importantes como Educação, Saúde e Segurança Pública são de extrema importância, mas precisam ser aprofundados. Educação e Saúde não se limitam a construção de prédios e Segurança Pública não é só reajuste do salário dos policiais.
5 – A ironia deve ser utilizada. Mas com habilidade. Ela é fundamental para que o debate ganhe fôlego. Caso contrário, o tiro sai pela culatra.
6 – O candidato deve ter cuidado com o vestuário. Certas peças não devem ser utilizadas durante um debate. Camisas da mesma cor do cenário devem ser abolidas.
7 – É preciso ter linearidade durante uma resposta. Deve-se evitar a leitura de documentos. Mostra desconhecimento.
8 – Repetir discurso que já foi exaustivamente utilizado na propaganda eleitoral revela que o candidato não está preparado.
9 – Debate é um bom momento para falar de propostas e não para falar de ações desenvolvidas no passado. É a partir da capacidade de propor novos projetos para o Estado que o eleitor define seu voto.
10 – Utilizar dados errados ou superdimensionar números pode levar o candidato a ser desacreditado pelos adversários.
11 – Os candidatos devem optar sempre por temáticas que sejam próximas da realidade local. Evocar temáticas nacionais ou citar exemplos com dados de outros países não aproxima o eleitor. Tem efeito contrário.
A carapuça servirá para cada um dos candidatos que não soube aproveitar o precioso tempo e a grande audiência da TV Globo/Sergipe. O respeito ao eleitor que se dispõe a ficar acordado acompanhando um programa deveria ser extremo, fazendo com que os candidatos optassem por um debate de alto nível, com propostas e críticas embasadas na realidade.
O debate da TV Sergipe foi muito superficial e confuso. A consideração final do candidato Marcelo Déda revelou em suma o que ocorreu: não se discutiu propostas e optou-se pelas agressões. Estas foram tão inconsistentes que não merecem nem mesmo ser citadas.
Debate da TV Atalaia
Da análise que fiz do debate realizado na semana passada foi feito um comentário no Twitter extremamente esdrúxulo. Vejam só: “Análise de @valter_jornal do debate deve ser lida como se investiga um assassinato: detalhes revelam razões do autor!”.
A incapacidade de receber críticas e de reconhecer o que é óbvio faz com que certos “assessores” optem pela tentativa insana de desacreditar a imprensa. O caminho mais fácil é o de taxar o outro de partidário. Não sou petista. Não sou demista. E por isso me sinto livre para falar o que eu penso. E olha que eu tomo muito cuidado.
A questão principal é: não sou cego, não sou surdo, não sou burro. Os fatos estão diante de nós. Podemos nos arriscar na crítica saudável mesmo sabendo que as agressões virão. Ou podemos nos calar e fingir que tudo vai bem, que todos os candidatos estão preparados ou dizer que todos se saíram bem nos debates. É tão mais fácil, mas soa tão falso.
São vários os problemas que podem ser citados:
1 – Os candidatos precisam estar conscientes do tempo de cada etapa do debate. As perguntas deveriam ser formuladas em 30 segundos. E as respostas em um minuto e meio. Réplica e tréplica duram um minuto cada. Qual a dificuldade de se entender isso?
2 – Perguntas devem ser diretas e objetivas. Para candidatos que não ficam à vontade diante das câmeras, deve-se optar por questionamentos simples e que possam se reverter em situações positivas na réplica.
3 – O tempo da resposta é para a resposta, que deve ser relacionada ao que foi perguntado pelo adversário. Usar o tempo para fazer ataques limita o candidato e cansa o eleitor/telespectador
4 – Temas importantes como Educação, Saúde e Segurança Pública são de extrema importância, mas precisam ser aprofundados. Educação e Saúde não se limitam a construção de prédios e Segurança Pública não é só reajuste do salário dos policiais.
5 – A ironia deve ser utilizada. Mas com habilidade. Ela é fundamental para que o debate ganhe fôlego. Caso contrário, o tiro sai pela culatra.
6 – O candidato deve ter cuidado com o vestuário. Certas peças não devem ser utilizadas durante um debate. Camisas da mesma cor do cenário devem ser abolidas.
7 – É preciso ter linearidade durante uma resposta. Deve-se evitar a leitura de documentos. Mostra desconhecimento.
8 – Repetir discurso que já foi exaustivamente utilizado na propaganda eleitoral revela que o candidato não está preparado.
9 – Debate é um bom momento para falar de propostas e não para falar de ações desenvolvidas no passado. É a partir da capacidade de propor novos projetos para o Estado que o eleitor define seu voto.
10 – Utilizar dados errados ou superdimensionar números pode levar o candidato a ser desacreditado pelos adversários.
11 – Os candidatos devem optar sempre por temáticas que sejam próximas da realidade local. Evocar temáticas nacionais ou citar exemplos com dados de outros países não aproxima o eleitor. Tem efeito contrário.
A carapuça servirá para cada um dos candidatos que não soube aproveitar o precioso tempo e a grande audiência da TV Globo/Sergipe. O respeito ao eleitor que se dispõe a ficar acordado acompanhando um programa deveria ser extremo, fazendo com que os candidatos optassem por um debate de alto nível, com propostas e críticas embasadas na realidade.
O debate da TV Sergipe foi muito superficial e confuso. A consideração final do candidato Marcelo Déda revelou em suma o que ocorreu: não se discutiu propostas e optou-se pelas agressões. Estas foram tão inconsistentes que não merecem nem mesmo ser citadas.
Debate da TV Atalaia
Da análise que fiz do debate realizado na semana passada foi feito um comentário no Twitter extremamente esdrúxulo. Vejam só: “Análise de @valter_jornal do debate deve ser lida como se investiga um assassinato: detalhes revelam razões do autor!”.
A incapacidade de receber críticas e de reconhecer o que é óbvio faz com que certos “assessores” optem pela tentativa insana de desacreditar a imprensa. O caminho mais fácil é o de taxar o outro de partidário. Não sou petista. Não sou demista. E por isso me sinto livre para falar o que eu penso. E olha que eu tomo muito cuidado.
A questão principal é: não sou cego, não sou surdo, não sou burro. Os fatos estão diante de nós. Podemos nos arriscar na crítica saudável mesmo sabendo que as agressões virão. Ou podemos nos calar e fingir que tudo vai bem, que todos os candidatos estão preparados ou dizer que todos se saíram bem nos debates. É tão mais fácil, mas soa tão falso.
Comentários
Isso é que nos preocupa!
Quanto a Délis, esteve melho do que na eleição passada!
Abraço
P.S: Também ouvi falar muito bem do Leonardo Dias... Quem sabe ainda não teremos a oportunidade de ouví-lo. Que ele continua edificando uma imagem assim!