Desde a última sexta-feira que o assunto principal do Twitter é o resultado da pesquisa eleitoral para o Governo de Sergipe. Neste dia, a TV Sergipe noticiou a vantagem de 16 pontos de Marcelo Déda sobre João Alves. (48% X 32%). E hoje, o Dataform trouxe resultado semelhante: o atual governador tem 48% das intenções contra 33% do seu principal adversário. Ou seja, dentro da margem de erro, os dados são os mesmos.
Por conta disso, aqueles que estão em desvantagem iniciaram uma série de críticas aos números. Questionamentos sem fundamentação alguma foram levantados e até o momento nenhuma prova foi mostrada sobre a manipulação dos dados para favorecimento à candidatura do PT.
O professor Abelardo Neto (@netodograccho), disse algo muito importante: "Analisar pesquisa sem paixão: quem fica na frente comemora e quem não fica desacredita a fonte". E a jornalista Raquel Passos (@raquel_passos) fez uma pergunta extremamente cabível: “Porque quem está perdendo sempre acha que pesquisa não é verdade?”.
Para este questionamento não apareceram respostas. Uma única argumentação ficou no ar: “foi o Ibope que em 1994 previu a vitória de Albano contra Jackson por mais de 150 mil votos no 1º turno da eleição. Resultado: Albano perdeu”. A declaração foi feita pelo candidato em desvantagem na pesquisa, João Alves Filho (@joaoalvesfilho).
E logo em seguida, João foi ainda mais incisivo: “Por estranha coincidência, o Ibope em Sergipe dá sempre vitória a quem tem dinheiro. O resultado do Ibope confirmou as advertências feitas por vocês aqui no twitter: sua publicação foi adiada para manipulação de dados”.
Sobre o resultado da pesquisa Dataform de hoje, o escarcéu foi menor. Até porque ficar batendo na mesma tecla não funciona. Mas ainda assim continuam tentando desqualificar os números. Mas as pesquisas até o momento divulgadas apresentam dados extremamente parecidos.
Na semana antepassada, o instituto Única divulgou pesquisa dando 11 pontos de vantagem para Déda. Isso há mais de dez dias. Com a propaganda eleitoral e a intensificação da campanha, o petista subiu. Os números do Única já eram quase iguais aos do Ibope, que realizou pesquisa nos 75 municípios para consumo interno da campanha do PT.
Ou seja, desde que a campanha ganhou às ruas pra valer no início deste mês que as pesquisas estão apresentando dados e tendências semelhantes. Por conta disso, faço minhas as palavras do editor de Jornalismo do Cinform, Jozailto Lima, na coluna Cinformando desta semana: “Déda ganha a eleição logo no dia 3”.
E para isso Jozailto argumenta dizendo que a tendência de que Déda vence João “está na infinita configuração de vantagens que o faz de pé perante o oponente: é 'dono' de Governo, é protegido de um presidente de República forte, tem uma candidata à Presidência em ascensão, tem a maior coligação interna, está espichado no curtume das melhores lideranças políticas e partidárias, não tem nenhum candidato nanico entre os demais cinco que acene perigo e, sobretudo, está com sua carreira em decolagem ou, no mínimo, em voo cruzeiro. Já João está no extremo oposto de tudo isso. Vive apenas do rescaldo e do peso de seu nome histórico”.
Sei que o resultado definitivo só será visto no dia 3 de outubro, quando as urnas forem abertas. Sei também que até lá muita coisa pode acontecer. Sei ainda que as pesquisas são um retrato do momento. Mas sei, no entanto, que elas revelam tendências e verdades antecipadas. Reclamar e criticar são direitos de todos. Mas isso deve ser feito com argumentos e não com despropósitos. Isso só revela que os dados não estão errados, como querem fazer parecer.
Follow para os que respeitam as opiniões e para os que sabem argumentar. Unfollow para quem não merece nem mesmo ser citado por aqui, diante de tantas postagens desnecessárias. Os 140 caracteres do Twitter se tornam tão mais insignificantes nas mãos de quem não sabe utilizá-los.
Diante de tudo isso, mantenho um único questionamento: o que dirão estas pessoas ao final do dia 3 de outubro? Será que as urnas assim como as pesquisas também poderão dar resultados errados? Vamos aguardar!
Por conta disso, aqueles que estão em desvantagem iniciaram uma série de críticas aos números. Questionamentos sem fundamentação alguma foram levantados e até o momento nenhuma prova foi mostrada sobre a manipulação dos dados para favorecimento à candidatura do PT.
O professor Abelardo Neto (@netodograccho), disse algo muito importante: "Analisar pesquisa sem paixão: quem fica na frente comemora e quem não fica desacredita a fonte". E a jornalista Raquel Passos (@raquel_passos) fez uma pergunta extremamente cabível: “Porque quem está perdendo sempre acha que pesquisa não é verdade?”.
Para este questionamento não apareceram respostas. Uma única argumentação ficou no ar: “foi o Ibope que em 1994 previu a vitória de Albano contra Jackson por mais de 150 mil votos no 1º turno da eleição. Resultado: Albano perdeu”. A declaração foi feita pelo candidato em desvantagem na pesquisa, João Alves Filho (@joaoalvesfilho).
E logo em seguida, João foi ainda mais incisivo: “Por estranha coincidência, o Ibope em Sergipe dá sempre vitória a quem tem dinheiro. O resultado do Ibope confirmou as advertências feitas por vocês aqui no twitter: sua publicação foi adiada para manipulação de dados”.
Sobre o resultado da pesquisa Dataform de hoje, o escarcéu foi menor. Até porque ficar batendo na mesma tecla não funciona. Mas ainda assim continuam tentando desqualificar os números. Mas as pesquisas até o momento divulgadas apresentam dados extremamente parecidos.
Na semana antepassada, o instituto Única divulgou pesquisa dando 11 pontos de vantagem para Déda. Isso há mais de dez dias. Com a propaganda eleitoral e a intensificação da campanha, o petista subiu. Os números do Única já eram quase iguais aos do Ibope, que realizou pesquisa nos 75 municípios para consumo interno da campanha do PT.
Ou seja, desde que a campanha ganhou às ruas pra valer no início deste mês que as pesquisas estão apresentando dados e tendências semelhantes. Por conta disso, faço minhas as palavras do editor de Jornalismo do Cinform, Jozailto Lima, na coluna Cinformando desta semana: “Déda ganha a eleição logo no dia 3”.
E para isso Jozailto argumenta dizendo que a tendência de que Déda vence João “está na infinita configuração de vantagens que o faz de pé perante o oponente: é 'dono' de Governo, é protegido de um presidente de República forte, tem uma candidata à Presidência em ascensão, tem a maior coligação interna, está espichado no curtume das melhores lideranças políticas e partidárias, não tem nenhum candidato nanico entre os demais cinco que acene perigo e, sobretudo, está com sua carreira em decolagem ou, no mínimo, em voo cruzeiro. Já João está no extremo oposto de tudo isso. Vive apenas do rescaldo e do peso de seu nome histórico”.
Sei que o resultado definitivo só será visto no dia 3 de outubro, quando as urnas forem abertas. Sei também que até lá muita coisa pode acontecer. Sei ainda que as pesquisas são um retrato do momento. Mas sei, no entanto, que elas revelam tendências e verdades antecipadas. Reclamar e criticar são direitos de todos. Mas isso deve ser feito com argumentos e não com despropósitos. Isso só revela que os dados não estão errados, como querem fazer parecer.
Follow para os que respeitam as opiniões e para os que sabem argumentar. Unfollow para quem não merece nem mesmo ser citado por aqui, diante de tantas postagens desnecessárias. Os 140 caracteres do Twitter se tornam tão mais insignificantes nas mãos de quem não sabe utilizá-los.
Diante de tudo isso, mantenho um único questionamento: o que dirão estas pessoas ao final do dia 3 de outubro? Será que as urnas assim como as pesquisas também poderão dar resultados errados? Vamos aguardar!
Comentários
Tenho lido o seu blog, e me surpreendo sempre com a qualidade do texto e dos argumentos. Deixo meus parabéns, como apreciador do jornalismo de boa qualidade.
Oliveira Jr.