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Hospital do Câncer se vier será uma obra de todos e não de um só

Por Antônio Carlos Valadares, senador da República pelo PSB/SE

Acho normal a defesa de projetos de campanha. Contudo, ao tentar atingir gratuitamente pessoas que podem se engajar nessa luta, passam a impressão que preferem escurraçar para não obterem apoio e, depois, usarem isso como arma de campanha. Parlamentares podem ajudar assinando verbas, como eu fiz e tantos outros também fizeram, apoiando investimentos no setor saúde. Parlamentar não tem poder para executar, mas para legislar. Cada um deve exercer o seu verdadeiro papel, sem invadir as atribuições do executivo, sem querer enganar a população com uma tarefa que não lhe cabe.

Não acho correto alguém querer tomar a paternidade de uma obra, quando, para ser construída, precisa do apoio de todos, a partir do apoio de nossa bancada federal, da presidenta da República, e da ação do governador, a quem compete, por mandamento constitucional a iniciativa de sua execução.

Não será através do confronto e do personalismo inconsequente que construiremos o futuro. Parece até que existe uma campanha para construir uma candidatura, sem nenhuma preocupação em somar forças para construir um Hospital.

O que transcende na fórmula usada é a intenção puramente eleitoral de transferir a culpa a alguém se a obra não for realizada. Fica mais do que claro que o que se pretende é conquistar adeptos para uma causa nobre e, em seguida, causar revolta contra quem deveria na prática realizar, e, por algum motivo não conseguiu realizar.

Esse não é um método adequado para alcançarmos um resultado positivo em benefício da sociedade.

A imposição ou o método autoritário de chamar para si todas as iniciativas não confere importância nem dá legitimidade a qualquer projeto, mesmo que nas aparências tenha uma carga de apoio social.

O melhor que devemos fazer é a somação de esforços para o desenvolvimento de Sergipe, congregando forças para a aprovação de todos os projetos em benefício do nosso povo - único destinatário de nossa ação - , o qual exige união de própósitos longe do individualismo eleitoreiro.

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