Por Josias de Souza
Dilma Rousseff participou na noite passada, em Porto Alegre, de cerimônia em memória das vítimas do holocausto. Ao discursar, a presidente fez uma analogia entre a barbárie imposta pelo nazismo aos judeus e a tortura infligida pelas ditaduras.
Torturada pelo regime militar, Dilma acomodou num mesmo balaio os campos de concentração e os porões dos regimes de exceção: "Lembrar Auschwitz-Birkenau é lembrar todas as vítimas de todas as guerras injustas, todas as ditaduras que tentaram calar seres humanos".
Minutos antes, fora ao microfone o presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg. Voltando-se para Dilma, ele disse: “A senhora, presidente, sabe melhor que todos o que significa ser torturada, [...] o que este tipo de agressão pode significar para alguém, por mais que sobreviva".
Dilma pronunciou uma frase que fez lembrar entrevista que concedera ao diário 'Washington Post', logo depois da posse. Na ocasião, inquirida sobre a parceria que Lula estabelecera com o Irã, ela afirmara que não concordava com as violações aos direitos humanos patrocinadas por Teerã.
No discurso da capital gaúcha, sem mencionar o Irã, a presidente declarou coisa parecida: “É nosso dever não compactuar com nenhuma forma, qualquer que seja, de violação de direitos humanos –em qualquer país, aí incluído o nosso”.
Em entrevista concedida antes do início da cerimônia, Lottenberg havia festejado a distinção entre Dilma e Lula em relação à matéria. O presidente da Conib declarou-se "feliz em saber que a presidente [Dilma] tem posição diferente daquela que o presidente Lula manifestou no passado".
Dilma desembarcou em Porto Alegre por volta das 20h, com atraso de cerca de uma hora. Falou para uma platéia eclética. A audiência incluía de expoentes da comunidade judaica ao prefeito de São Paulo, o ‘demo’ Gilberto Kassab, na bica de filiar-se ao PMDB e de converter-se ao governismo.
Neste link, você encontra a íntegra do discurso da presidente.
Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Torturada pelo regime militar, Dilma acomodou num mesmo balaio os campos de concentração e os porões dos regimes de exceção: "Lembrar Auschwitz-Birkenau é lembrar todas as vítimas de todas as guerras injustas, todas as ditaduras que tentaram calar seres humanos".
Minutos antes, fora ao microfone o presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg. Voltando-se para Dilma, ele disse: “A senhora, presidente, sabe melhor que todos o que significa ser torturada, [...] o que este tipo de agressão pode significar para alguém, por mais que sobreviva".
Dilma pronunciou uma frase que fez lembrar entrevista que concedera ao diário 'Washington Post', logo depois da posse. Na ocasião, inquirida sobre a parceria que Lula estabelecera com o Irã, ela afirmara que não concordava com as violações aos direitos humanos patrocinadas por Teerã.
No discurso da capital gaúcha, sem mencionar o Irã, a presidente declarou coisa parecida: “É nosso dever não compactuar com nenhuma forma, qualquer que seja, de violação de direitos humanos –em qualquer país, aí incluído o nosso”.
Em entrevista concedida antes do início da cerimônia, Lottenberg havia festejado a distinção entre Dilma e Lula em relação à matéria. O presidente da Conib declarou-se "feliz em saber que a presidente [Dilma] tem posição diferente daquela que o presidente Lula manifestou no passado".
Dilma desembarcou em Porto Alegre por volta das 20h, com atraso de cerca de uma hora. Falou para uma platéia eclética. A audiência incluía de expoentes da comunidade judaica ao prefeito de São Paulo, o ‘demo’ Gilberto Kassab, na bica de filiar-se ao PMDB e de converter-se ao governismo.
Neste link, você encontra a íntegra do discurso da presidente.
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