O colega jornalista Adiberto de Souza, que mantém um blog no Portal Infonet, escreve hoje sobre os problemas enfrentados pelo DEM. Diz Adiberto que os recentes "desentendimentos registrados no interior do DEM são o maior sinal de que o partido está com falência múltipla dos órgãos, agonizando, respirando por aparelho, sem jeito".
Por "recentes desentendimentos" entenda-se as críticas feitas pelo deputado federal Mendonça Prado contra filiados do partido e aliados que não votaram na chapa fechada da oposição nas eleições passadas. Mendonça afirmou ainda que a oposição em Sergipe era uma "oposição do Paraguai".
Venâncio, Augusto Bezerra e Juvêncio Oliveira não gostaram das declarações de Mendonça. Em muitos municípios, estes parlamentares votaram em candidatos do PSC tanto na chapa majoritária (no caso, o senador eleito Eduardo Amorim), como em deputados federais.
Voltando a nota de Adiberto, ele afirma que "os poucos líderes que ainda permanecem ao lado do leito de morte demista rezam por um milagre". Para justificar tão assertiva, Adiberto exemplifica: "na prática, isso significa tentar refazer alianças, como aconteceu a semana passada, quando o ex-governador João Alves Filho foi ao apartamento do deputado federal Albano Franco (PSDB) para ser fotografado ao seu lado. Não passou de uma foto, pois mesmo João querendo juntar-se ao tucano, sua família não quer".
Prossegue o texto: "em nível nacional, os demistas também se desentendem pela liderança na Câmara dos Deputados, enquanto filiados menos votados preparam-se para abandonar o barco furado. Muitos já estão de malas prontas para se filiar ao novo Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN), que em Sergipe será comandado pelo dublê de empresário e político Edvan Amorim, inimigo figadal da família Alves. Portanto, se o moribundo do DEM demorar mais um pouco para ‘bater a botas’ faltará quem pegue na alça do caixão".
Ontem, aqui no blog, eu já havia falado sobre o surgimento do PDN e sua potencialidade, pois irá agrupar um número sem fim de políticos descontentes. Do DEM, poderá ser surpreendente a quantidade de desgarrados que poderá migrar para o novo partido.
Na semana antepassada, em entrevista que me concedeu para o Cinform, o deputado estadual Augusto Bezerra disse, por várias vezes, que o momento atual não é de caça às bruxas (como prega Mendonça), mas de união por 2012. Na argumentação do deputado, o ex-governador João Alves Filho é a mola propulsora para alcançar esta união e formatar uma candidatura forte para a disputa pela prefeitura de Aracaju.
Não ouso dizer que o DEM é um "morimbundo" como faz Adiberto de Souza, pois mesmo em condições de debilidade, o partido ameaçou a reeleição de Marcelo Déda, através de João Alves. Mas, concordo com a análise de que a sigla poderá sofrer um esvaziamento em Sergipe, reduzindo-se ao ex-governador e a seus familiares, que hoje já são as únicas lideranças fortes da oposição.
Por "recentes desentendimentos" entenda-se as críticas feitas pelo deputado federal Mendonça Prado contra filiados do partido e aliados que não votaram na chapa fechada da oposição nas eleições passadas. Mendonça afirmou ainda que a oposição em Sergipe era uma "oposição do Paraguai".
Venâncio, Augusto Bezerra e Juvêncio Oliveira não gostaram das declarações de Mendonça. Em muitos municípios, estes parlamentares votaram em candidatos do PSC tanto na chapa majoritária (no caso, o senador eleito Eduardo Amorim), como em deputados federais.
Voltando a nota de Adiberto, ele afirma que "os poucos líderes que ainda permanecem ao lado do leito de morte demista rezam por um milagre". Para justificar tão assertiva, Adiberto exemplifica: "na prática, isso significa tentar refazer alianças, como aconteceu a semana passada, quando o ex-governador João Alves Filho foi ao apartamento do deputado federal Albano Franco (PSDB) para ser fotografado ao seu lado. Não passou de uma foto, pois mesmo João querendo juntar-se ao tucano, sua família não quer".
Prossegue o texto: "em nível nacional, os demistas também se desentendem pela liderança na Câmara dos Deputados, enquanto filiados menos votados preparam-se para abandonar o barco furado. Muitos já estão de malas prontas para se filiar ao novo Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN), que em Sergipe será comandado pelo dublê de empresário e político Edvan Amorim, inimigo figadal da família Alves. Portanto, se o moribundo do DEM demorar mais um pouco para ‘bater a botas’ faltará quem pegue na alça do caixão".
Ontem, aqui no blog, eu já havia falado sobre o surgimento do PDN e sua potencialidade, pois irá agrupar um número sem fim de políticos descontentes. Do DEM, poderá ser surpreendente a quantidade de desgarrados que poderá migrar para o novo partido.
Na semana antepassada, em entrevista que me concedeu para o Cinform, o deputado estadual Augusto Bezerra disse, por várias vezes, que o momento atual não é de caça às bruxas (como prega Mendonça), mas de união por 2012. Na argumentação do deputado, o ex-governador João Alves Filho é a mola propulsora para alcançar esta união e formatar uma candidatura forte para a disputa pela prefeitura de Aracaju.
Não ouso dizer que o DEM é um "morimbundo" como faz Adiberto de Souza, pois mesmo em condições de debilidade, o partido ameaçou a reeleição de Marcelo Déda, através de João Alves. Mas, concordo com a análise de que a sigla poderá sofrer um esvaziamento em Sergipe, reduzindo-se ao ex-governador e a seus familiares, que hoje já são as únicas lideranças fortes da oposição.
Comentários
Lúcido e coerente. Todavia, mesmo reconhecendo que o DEM, em estado de debilidade, derrotou o PT e aliadosna capital, não enxergo isso como uma força, uma ameaça do DEM, mas como fruto de um contexto específico, muito mais pela inoperância e algumas fragilidades da administração municipal associadas a algumas insatisfações, do que por uma sobrevida DEMista.
No mais, é a pura realidade a sua constatação: O DEM em Sergipe, e creio que no Brasil, sofrerá sim um forte esvaziamento.
Mas como se sabe, e a história comprova isso, a velha turma sempre se regenera, se readapta, se remodela, e ressurge sob uma nova denominação, sob um novo formato.