Por Josias de Souza
Dividido, o DEM deu mais uma contribuição para converter em vaticínio o desejo de Lula de “extirpar” a legenda da política brasileira.
Em reunião de sua Executiva nacional, o DEM convocou para 15 de março de 2011 uma convenção nacional extraordinária.
Nesse encontro, o segundo maior partido de oposição elegerá novos dirigentes. Em jogo a cadeira de presidente, hoje ocupada por Rodrigo Maia (RJ).
Fustigado pelo grupo de Jorge Bornhausen (SC) e Gilberto Kassab (SP), coube ao próprio Rodrigo antecipar a convenção.
Filho do ex-prefeito Cesar Maia, ele seria presidente até dezembro de 2011. Ao explicar o gesto, Rodrigo expôs a trinca que infelicita o DEM:
"Não adiantava insistir numa tentativa de um acordo porque ele se tornou inviável...”
“...Não poderia por uma vaidade pessoal colocar a minha vontade acima da minha vontade coletiva...”
“...E a vontade coletiva é que a gente faça uma convenção no dia 15 de março".
Até lá, vai-se tentar produzir um presidente de consenso. O nome que emerge como favorito é o de Agripino Maia (RN).
Líder da legenda no Senado, Agripino demarca o terreno: "Candidato de consenso poderei ser. Para disputar voto, não".
E Rodrigo: "O consenso é muito positivo, mas a disputa vai ser muito salutar e muito importante para a re-oxigenação do partido...”
“...Se não tivermos unidade para a convenção, que eu espero que consigamos um entendimento de chapa única, vai ser bom para o partido uma disputa também".
Curiosamente, o epicentro do tremor que sacode o DEM é o prefeito paulistano Gilberto Kassab, um ‘demo’ que claudica em seus pendores oposicionistas.
Ajudado por Bornhausen, Kassab convulsiona o partido e, simultaneamente, flerta com a mudança para o governista PMDB. As curiosidades não param aí.
Há outras. Por exemplo: o mesmo Bornhausen que agora se empenha pela substituição de Rodrigo, foi responsável pela ascenção do deputado.
Há mais: afilhado do tucano José Serra, Kassab transfere as culpas pela derrota eleitoral para dentro da gestão de um presidente que preferia Aécio Neves.
Rodrigo, a propósito, cuidou de dar nome ao infortúnio. Atribuiu a Serra, líder de uma campanha "solitária e individual", o revés de 2010.
"Temos que reconhecer que foi no primeiro turno uma candidatura desastrosa, que não agregou nada à oposição no primeiro turno...”
“...O PSDB, no possível, foi correto conosco. Tudo o que esteve ao alcance do senador Sérgio Guerra foi feito. Não posso dizer a mesma coisa de José Serra".
Há duas formas de lidar com uma derrota. Numa, levanta-se a cabeça, sacode-se a poeira e busca-se a volta por cima.
Noutra, ajuda-se os adversários, tonificando-lhes a vitória. O DEM optou pela segunda trilha, menos inteligente.
Dividido, o DEM deu mais uma contribuição para converter em vaticínio o desejo de Lula de “extirpar” a legenda da política brasileira.
Em reunião de sua Executiva nacional, o DEM convocou para 15 de março de 2011 uma convenção nacional extraordinária.
Nesse encontro, o segundo maior partido de oposição elegerá novos dirigentes. Em jogo a cadeira de presidente, hoje ocupada por Rodrigo Maia (RJ).
Fustigado pelo grupo de Jorge Bornhausen (SC) e Gilberto Kassab (SP), coube ao próprio Rodrigo antecipar a convenção.
Filho do ex-prefeito Cesar Maia, ele seria presidente até dezembro de 2011. Ao explicar o gesto, Rodrigo expôs a trinca que infelicita o DEM:
"Não adiantava insistir numa tentativa de um acordo porque ele se tornou inviável...”
“...Não poderia por uma vaidade pessoal colocar a minha vontade acima da minha vontade coletiva...”
“...E a vontade coletiva é que a gente faça uma convenção no dia 15 de março".
Até lá, vai-se tentar produzir um presidente de consenso. O nome que emerge como favorito é o de Agripino Maia (RN).
Líder da legenda no Senado, Agripino demarca o terreno: "Candidato de consenso poderei ser. Para disputar voto, não".
E Rodrigo: "O consenso é muito positivo, mas a disputa vai ser muito salutar e muito importante para a re-oxigenação do partido...”
“...Se não tivermos unidade para a convenção, que eu espero que consigamos um entendimento de chapa única, vai ser bom para o partido uma disputa também".
Curiosamente, o epicentro do tremor que sacode o DEM é o prefeito paulistano Gilberto Kassab, um ‘demo’ que claudica em seus pendores oposicionistas.
Ajudado por Bornhausen, Kassab convulsiona o partido e, simultaneamente, flerta com a mudança para o governista PMDB. As curiosidades não param aí.
Há outras. Por exemplo: o mesmo Bornhausen que agora se empenha pela substituição de Rodrigo, foi responsável pela ascenção do deputado.
Há mais: afilhado do tucano José Serra, Kassab transfere as culpas pela derrota eleitoral para dentro da gestão de um presidente que preferia Aécio Neves.
Rodrigo, a propósito, cuidou de dar nome ao infortúnio. Atribuiu a Serra, líder de uma campanha "solitária e individual", o revés de 2010.
"Temos que reconhecer que foi no primeiro turno uma candidatura desastrosa, que não agregou nada à oposição no primeiro turno...”
“...O PSDB, no possível, foi correto conosco. Tudo o que esteve ao alcance do senador Sérgio Guerra foi feito. Não posso dizer a mesma coisa de José Serra".
Há duas formas de lidar com uma derrota. Numa, levanta-se a cabeça, sacode-se a poeira e busca-se a volta por cima.
Noutra, ajuda-se os adversários, tonificando-lhes a vitória. O DEM optou pela segunda trilha, menos inteligente.
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