Estudo realizado por 11 centros de pesquisa do Brasil, Peru, Equador, Estados Unidos, África do Sul e Tailândia mostrou que o uso preventivo de um antirretroviral (de nome Truvada, que reúne as substâncias emtricitabina e tenofovir) pode reduzir o risco de infecção pelo vírus HIV em até 94,9%. Seria esse o caminho para um remédio anti-Aids? Atualmente, o medicamento é usado apenas para o tratamento de pessoas já infectadas pelo vírus, mas ainda não está disponível no Brasil.
A pesquisa contou com a participação de 2.499 voluntários (todos homens, homossexuais) com alto risco de contrair o vírus – estimado de acordo com o número de parceiros e a frequência com que fizeram sexo sem preservativo nos seis meses anteriores ao estudo. Eles foram divididos em dois grupos, um que recebeu o medicamento, e outro que recebeu placebo.
Todos os voluntários foram orientados a tomar um comprimido por dia. Receberam, também, o que é considerado atualmente o melhor pacote preventivo à infecção por HIV, que inclui testes mensais para a detecção do vírus, aconselhamento, camisinhas, tratamento de doenças sexualmente transmissíveis para si e para os parceiros e exames semestrais para a detecção de uretrite assintomática e úlceras genitais, além de sorologia para herpes e sífilis – a presença de outras doenças facilita a infecção e transmissão pelo HIV.
Eles foram então acompanhados por até três anos. Ao fim desse período, foi constatado que a incidência de infecção por HIV reduziu quase a metade – 43,8% menor no grupo que recebeu o antirretroviral. A proteção foi subindo à medida que os pesquisadores foram selecionando aqueles com maior grau de adesão. Comparando apenas os voluntários que relataram ter tomado os comprimidos em pelo menos metade dos dias, o risco de infecção já foi 50,2% inferior. Entre os que relataram ter tomado o medicamento em no mínimo 90% dos dias, chegou a 72,8%.
O melhor resultado, porém, foi verificado em uma amostra dos voluntários com perfil semelhante que tinham praticado sexo anal passivo desprotegido e foram submetidos a testes para detectar a presença de medicamento no sangue – procedimento que não é realizado em todos devido aos custos envolvidos.
Nesses casos, a incidência da infecção pelo HIV foi 94,9% menor entre os que tinham resquícios do medicamento no sangue do que entre os que não tinham. A presença do medicamento significa que a pessoa tomou pelo menos um comprimido nos 14 dias anteriores à coleta --após esse período, os resquícios não são mais detectados.
A pesquisa também testou a segurança do uso do Truvada em pessoas saudáveis. Nas primeiras quatro semanas, o grupo que recebeu o medicamento teve maior incidência de náuseas do que o grupo que recebeu placebo. Em nenhum caso, porém, as náuseas foram fortes a ponto de levar à interrupção do tratamento. Ainda de acordo com a pesquisa, a frequência de outros efeitos colaterais foi a mesma nos dois grupos.
Os pesquisadores ressaltaram, porém, que as pessoas não devem tomar o medicamento por conta própria e nem abrir mão do uso de preservativos, considerado a medida mais eficaz disponível hoje para a prevenção da Aids. No entanto há de se reconhecer que este é um passo importante para se prevenir o HIV por mais um método, além de ser mais um passo para se encontrar a cura para a Aids. As informações são de reportagem da Folha.com.
A pesquisa contou com a participação de 2.499 voluntários (todos homens, homossexuais) com alto risco de contrair o vírus – estimado de acordo com o número de parceiros e a frequência com que fizeram sexo sem preservativo nos seis meses anteriores ao estudo. Eles foram divididos em dois grupos, um que recebeu o medicamento, e outro que recebeu placebo.
Todos os voluntários foram orientados a tomar um comprimido por dia. Receberam, também, o que é considerado atualmente o melhor pacote preventivo à infecção por HIV, que inclui testes mensais para a detecção do vírus, aconselhamento, camisinhas, tratamento de doenças sexualmente transmissíveis para si e para os parceiros e exames semestrais para a detecção de uretrite assintomática e úlceras genitais, além de sorologia para herpes e sífilis – a presença de outras doenças facilita a infecção e transmissão pelo HIV.
Eles foram então acompanhados por até três anos. Ao fim desse período, foi constatado que a incidência de infecção por HIV reduziu quase a metade – 43,8% menor no grupo que recebeu o antirretroviral. A proteção foi subindo à medida que os pesquisadores foram selecionando aqueles com maior grau de adesão. Comparando apenas os voluntários que relataram ter tomado os comprimidos em pelo menos metade dos dias, o risco de infecção já foi 50,2% inferior. Entre os que relataram ter tomado o medicamento em no mínimo 90% dos dias, chegou a 72,8%.
O melhor resultado, porém, foi verificado em uma amostra dos voluntários com perfil semelhante que tinham praticado sexo anal passivo desprotegido e foram submetidos a testes para detectar a presença de medicamento no sangue – procedimento que não é realizado em todos devido aos custos envolvidos.
Nesses casos, a incidência da infecção pelo HIV foi 94,9% menor entre os que tinham resquícios do medicamento no sangue do que entre os que não tinham. A presença do medicamento significa que a pessoa tomou pelo menos um comprimido nos 14 dias anteriores à coleta --após esse período, os resquícios não são mais detectados.
A pesquisa também testou a segurança do uso do Truvada em pessoas saudáveis. Nas primeiras quatro semanas, o grupo que recebeu o medicamento teve maior incidência de náuseas do que o grupo que recebeu placebo. Em nenhum caso, porém, as náuseas foram fortes a ponto de levar à interrupção do tratamento. Ainda de acordo com a pesquisa, a frequência de outros efeitos colaterais foi a mesma nos dois grupos.
Os pesquisadores ressaltaram, porém, que as pessoas não devem tomar o medicamento por conta própria e nem abrir mão do uso de preservativos, considerado a medida mais eficaz disponível hoje para a prevenção da Aids. No entanto há de se reconhecer que este é um passo importante para se prevenir o HIV por mais um método, além de ser mais um passo para se encontrar a cura para a Aids. As informações são de reportagem da Folha.com.
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