Com o segundo turno, Dilma e Serra ganharam mais três semanas para discutir o Brasil. A propaganda eleitoral na TV e no rádio começou no dia 8 e se estenderá até o dia 29. Mas os 40 minutos diários (20 na TV e 20 no rádio) não estão sendo bem utilizados pelos candidatos. A troca de acusações tem pautado o momento atual da campanha. Quando não, a religiosidade se apropria do espaço obrigatório. Nas várias inserções de 30 segundos que são apresentadas ao longo da programação isso se torna ainda mais latente.
A imprensa, infelizmente, se deixa levar por este encaminhamento e até reforça-o. Não há espaço para se debater o futuro das universidades, a situação das estradas, o inchaço da previdência social, a reforma política e tributária, o emprego, o meio-ambiente e o Sistema Único de Saúde, só para ficar em algumas problemáticas. E quando se discute algum desses temas os candidatos o fazem na tábua rasa. Sem aprofundamento.
Os debates na TV também seguem a mesma sistemática. O primeiro, realizado domingo na Band, foi só uma mostra do que deverá ocorrer nos próximos quatro encontros entre os presidenciáveis que acontecerão até o próximo dia 28. Dilma está mais incisiva. Serra também. Mas isso não significa que estejam demonstrando mais preparo para governar o Brasil.
O eleitor demonstra desinteresse. Desânimo. E isso poderá levar a uma quantidade nunca vista antes na história deste país de eleitores que optarão por não votar no próximo dia 31. Há ainda outros agravantes: o dia da eleição está no meio de um feriado prolongado e na maioria dos Estados não haverá segundo turno para governador. Dos 100 milhões que votaram no primeiro turno é provável que, no máximo, 80 milhões compareçam às urnas novamente.
Num contexto tão adverso, a impressão que se tem é que não está se votando pelo futuro do país, mas pela presidência de um sindicato ou de um partido. O brasileiro, anestesiado pela desilusão com a política, carregado de discursos prontos de religiosos – que agora entraram no centro do debate – ou ainda ludibriado por uma centena de informações inverídicas sobre os candidatos – que estão sendo espalhadas aos montes por correntes de email e através de panfletos – não entende que é preciso rever a importância do voto no dia 31. É necessário cobrar dos candidatos, da imprensa e da própria sociedade a qualificação do debate.
Os próximos quatro anos são fundamentais para a estabilização econômica e social do país e, por conta disso, a escolha do novo presidente deve ser feita com menos paixão e discurso. A questão que está em jogo não é apenas PT versus PSDB, 13 ou 45, Dilma ou Serra. O que está em jogo é quais dos dois candidatos é o mais preparado para governar o Brasil pós-Lula e ainda tão dependente do Estado. O que deve ser analisado é se o novo presidente terá a sensibilidade necessária para entender o Brasil e todas as suas peculiaridades.
A imprensa, infelizmente, se deixa levar por este encaminhamento e até reforça-o. Não há espaço para se debater o futuro das universidades, a situação das estradas, o inchaço da previdência social, a reforma política e tributária, o emprego, o meio-ambiente e o Sistema Único de Saúde, só para ficar em algumas problemáticas. E quando se discute algum desses temas os candidatos o fazem na tábua rasa. Sem aprofundamento.
Os debates na TV também seguem a mesma sistemática. O primeiro, realizado domingo na Band, foi só uma mostra do que deverá ocorrer nos próximos quatro encontros entre os presidenciáveis que acontecerão até o próximo dia 28. Dilma está mais incisiva. Serra também. Mas isso não significa que estejam demonstrando mais preparo para governar o Brasil.
O eleitor demonstra desinteresse. Desânimo. E isso poderá levar a uma quantidade nunca vista antes na história deste país de eleitores que optarão por não votar no próximo dia 31. Há ainda outros agravantes: o dia da eleição está no meio de um feriado prolongado e na maioria dos Estados não haverá segundo turno para governador. Dos 100 milhões que votaram no primeiro turno é provável que, no máximo, 80 milhões compareçam às urnas novamente.
Num contexto tão adverso, a impressão que se tem é que não está se votando pelo futuro do país, mas pela presidência de um sindicato ou de um partido. O brasileiro, anestesiado pela desilusão com a política, carregado de discursos prontos de religiosos – que agora entraram no centro do debate – ou ainda ludibriado por uma centena de informações inverídicas sobre os candidatos – que estão sendo espalhadas aos montes por correntes de email e através de panfletos – não entende que é preciso rever a importância do voto no dia 31. É necessário cobrar dos candidatos, da imprensa e da própria sociedade a qualificação do debate.
Os próximos quatro anos são fundamentais para a estabilização econômica e social do país e, por conta disso, a escolha do novo presidente deve ser feita com menos paixão e discurso. A questão que está em jogo não é apenas PT versus PSDB, 13 ou 45, Dilma ou Serra. O que está em jogo é quais dos dois candidatos é o mais preparado para governar o Brasil pós-Lula e ainda tão dependente do Estado. O que deve ser analisado é se o novo presidente terá a sensibilidade necessária para entender o Brasil e todas as suas peculiaridades.
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