De antemão e sem precisar ser conhecedor profundo do assunto, esse fato novo desestabiliza a chapa e pode render pontos preciosos para a oposição. Os candidatos ao Senado Albano Franco e José Carlos Machado devem ser beneficiados com esse racha na coligação dedista e até mesmo João Alves Filho pode conquistar votos num terreno teoricamente petista.
A confusão em torno dos dois votos de senador existe antes mesmo de a campanha começar. Muitos prefeitos se vincularam a Amorim sem prometer voto para Valadares e vice-versa. Agora, a questão se tornou insustentável e Valadares já avisou que não sobe no mesmo palanque que Amorim. Como assim? Como será que Déda agirá para (tentar) resolver esta questão?
Para apimentar o debate – ou expor ainda mais as desavenças – o twitter está aí recheado de críticas e de discussões infindáveis sobre o racha. Valadares postou ontem no microblog um santinho onde estão pedidos de votos para Dilma (presidente), Déda (governador), Amorim (senador 1), Rogério Carvalho (deputado federal) e Robson Viana (deputado estadual). Na opção senador 2, não há a indicação do nome de Valadares (que deveria existir na teoria, seguindo às orientações das convenções). Valadares considerou isso como “trairagem”.
E agora a pouco quem entrou na confusão foi a filha mais velha de Marcelo Déda, Marcella Déda (no twitter é @macella_). Ela afirmou no twitter que Valadares “quer implodir a coligação”. Ela ainda faz os seguintes questionamentos: “Senador @valadarespsb o senhor quer dar brecha pros demos? Vamos brincar de pensar um pouquinho né? Semear discórdia assim a toa... Sei não”. Ela ainda insinua que Valadares Filho não apóia Amorim.
E por fim diz: "Eita que o @valadarespsb ta aperriado, eita que o @valadarespasb ta aperriado... Perdeu uma ruma de voto agora e vai perder o senado! kkk"
O circo está armado. Déda terá que ser um bom bombeiro para apagar todos esses focos de incêndio.
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