Por Igor Almeida, do blog Diz Aí
Bem se sabe que as estratégias políticas traçadas em favor das candidaturas mudam conforme a direção do vento. No caso da candidata Dilma Roussef, os últimos ventos foram avassaladores. Ventos precisos e fortes o suficiente para empurrá-la diretamente ao primeiro lugar isolado nas pesquisas eleitorais. Mas como quase toda ventania pode ser prenúncio de chuva, a coordenação da campanha da presidenciável decidiu rever a sua participação nos próximos debates com o objetivo de evitar que possíveis confrontos com os adversários provoquem verdadeiras tempestades.
Os dezessete pontos a frente do segundo colocado, o tucano José Serra, confortam os assessores de campanha da petista que, a partir de agora mudam as estratégias. De início, as atenções estavam voltadas para tornar pública a imagem da Dilma como candidata do presidente Lula. Poucos meses depois, mas muitos pontos à frente, o discurso é outro. Numa tentativa clara de apenas administrar a enorme vantagem, os articuladores do PT não querem mais a candidata exposta as críticas e acusações dos adversários em debates nacionais para que isso não prejudique a sua campanha e possa lhe custar alguns pontos nas próximas pesquisas e, pior, muitos votos nas urnas.
Mas logo a Dilma Roussef que, no início da campanha declarou para quem quisesse ouvir que participaria de todos os debates realizados? Para seus assessores isso não é problema, ou pelo menos é o menor deles. Simplesmente afirmaram que seria muito mais fácil lhe dar com as críticas pelo seu não comparecimento aos programas que amenizar ou conseguir reverter algum grande ‘estrago’ que pudesse vir a ocorrer durante as transmissões.
E essas faltas já começaram a ocorrer. A presidenciável não compareceu ao debate de emissoras católicas, marcado para a última segunda-feira (23). Também não foi confirmada a sua participação nos próximos debates que serão organizados pela Rede TV, dia 12 de setembro, e pela CNBB, este ainda sem data definida. Muito provavelmente, se tudo continuar como está, a ilustríssima candidata só aparecerá nos dois últimos debates antes do dia 3 de outubro, que serão realizados pela Rede Record e pela Rede Globo, nos dias 26 de setembro e 1º de outubro respectivamente, e que prometem bater recordes de audiência. Desses, com certeza, ela não vai querer ficar de fora.
No entanto, para o cidadão consciente dos seus direitos, essa novidade deixa inúmeras questões em aberto: por que será que querem poupar tanto a ilustríssima candidata do presidente de possíveis embates diretos com seus adversários? Será que ela não tem capacidade política para disputar na palavra o voto do eleitor? O que será que tanto querem esconder? Essas são perguntas que provavelmente ficarão sem respostas, perdidas em meio ao furacão que é a política nacional. Mas que os ventos continuem a soprar, e que soprem sempre em favor da democracia. Deixa as tempestades para os candidatos, pois estes sim sabem muito bem se resolver com elas.
Bem se sabe que as estratégias políticas traçadas em favor das candidaturas mudam conforme a direção do vento. No caso da candidata Dilma Roussef, os últimos ventos foram avassaladores. Ventos precisos e fortes o suficiente para empurrá-la diretamente ao primeiro lugar isolado nas pesquisas eleitorais. Mas como quase toda ventania pode ser prenúncio de chuva, a coordenação da campanha da presidenciável decidiu rever a sua participação nos próximos debates com o objetivo de evitar que possíveis confrontos com os adversários provoquem verdadeiras tempestades.
Os dezessete pontos a frente do segundo colocado, o tucano José Serra, confortam os assessores de campanha da petista que, a partir de agora mudam as estratégias. De início, as atenções estavam voltadas para tornar pública a imagem da Dilma como candidata do presidente Lula. Poucos meses depois, mas muitos pontos à frente, o discurso é outro. Numa tentativa clara de apenas administrar a enorme vantagem, os articuladores do PT não querem mais a candidata exposta as críticas e acusações dos adversários em debates nacionais para que isso não prejudique a sua campanha e possa lhe custar alguns pontos nas próximas pesquisas e, pior, muitos votos nas urnas.
Mas logo a Dilma Roussef que, no início da campanha declarou para quem quisesse ouvir que participaria de todos os debates realizados? Para seus assessores isso não é problema, ou pelo menos é o menor deles. Simplesmente afirmaram que seria muito mais fácil lhe dar com as críticas pelo seu não comparecimento aos programas que amenizar ou conseguir reverter algum grande ‘estrago’ que pudesse vir a ocorrer durante as transmissões.
E essas faltas já começaram a ocorrer. A presidenciável não compareceu ao debate de emissoras católicas, marcado para a última segunda-feira (23). Também não foi confirmada a sua participação nos próximos debates que serão organizados pela Rede TV, dia 12 de setembro, e pela CNBB, este ainda sem data definida. Muito provavelmente, se tudo continuar como está, a ilustríssima candidata só aparecerá nos dois últimos debates antes do dia 3 de outubro, que serão realizados pela Rede Record e pela Rede Globo, nos dias 26 de setembro e 1º de outubro respectivamente, e que prometem bater recordes de audiência. Desses, com certeza, ela não vai querer ficar de fora.
No entanto, para o cidadão consciente dos seus direitos, essa novidade deixa inúmeras questões em aberto: por que será que querem poupar tanto a ilustríssima candidata do presidente de possíveis embates diretos com seus adversários? Será que ela não tem capacidade política para disputar na palavra o voto do eleitor? O que será que tanto querem esconder? Essas são perguntas que provavelmente ficarão sem respostas, perdidas em meio ao furacão que é a política nacional. Mas que os ventos continuem a soprar, e que soprem sempre em favor da democracia. Deixa as tempestades para os candidatos, pois estes sim sabem muito bem se resolver com elas.
Comentários
Se você tivesse conhecimento histórico você saberia que:
Desde quando Jânio Quadros liderava as pesquisas de intenções de votos para a prefeitura de São Paulo é que a moda começou, do líder das pesquisas não aparecer em debates.
FHC tb fugiu dos debates. Em 94 e 98. E por isso, o príncipe dos sociólogo era menos preparado ou tinha algo para esconder?
Lula também fugiu dos debates de 1o turno, não lembro em 2002, mas lembro que em 2006 sim.
Chega a ser justo. Estarão de 2 a 3 candidatos batendo em um para evitar uma vitória deste no 1o turno. O nervosismo aparecerá e poderá ser confundindo com despreparo.
Vale a pena lembrar que Maluf e Collor, por exemplo, não ficam nervosos em debates ou em frente às camêras, e nem por isso são melhores opções de votos.
Outra coisa, ilustríssimo jornalista. Sua ironia ao usar o termo "Ilustríssima candidata" mostra sua um letrado esnobe e longe da realidade brasileira.
De ilustríssimos jornalistas como você a imprensa brasileira já está cheia, e por isso ela fede tanto.
Críticas, sejam elas positivas ou negativas, são sempre bem vindas. Acho que as mesmas são necessárias para empreender o desenvolvimento do ser humano, tanto no campo pessoal como no profissional. Mas infelizmente algumas pessoas não sabem expor as suas idéias nem contrapor argumentos sem passar para o campo da agressão verbal, característica marcante do seu comentário que, apesar de ser injusto, é um direito que lhe assiste.
Gostaria de acrescentar que o autor do texto que aqui vos fala tem sim conhecimento histórico. Não sou um letrado esnobe sem conhecimento de causa. Defendo o meu ponto de vista, sempre prezando pelo respeito àqueles que possivelmente venham a se sentir ofendidos. As minhas palavras, fonte de toda irritação por parte do senhor, não foram levianas. Não julguei, desrespeite, agredi e muito menos acusei ninguém. Apenas apresentei fatos e levantei questionamentos, muito pertinentes a meu ver.
Agradeço o seu levantamento histórico, mas nada do que o senhor mencionou faz diferença alguma. Acredito que você é que não entendeu muito bem a realidade brasileira. O povo não quer saber de passado. O povo sofre é no presente e merece uma perspectiva de futuro. Portanto, é de um tom desumano tentar legitimar estratégias políticas questionáveis, baseada em fatos passados, em detrimento do direito, esse sim legítimo, que os cidadãos têm de avaliar os candidatos.
Não estou aqui para defender os políticos que se utilizaram dessas estratégias. Para mim todos erraram. É uma maneira de atrapalhar e até mesmo manipular a decisão do eleitor. E se o senhor adere e exalta esse tipo de comportamento, nada tenho a fazer. Mas saiba que, agindo dessa forma, você não se diferencia em nada daquela pequena parcela de jornalistas que tanto condena.