Assisti ontem ao primeiro debate na TV entre os presidenciáveis e faço agora algumas observações intercaladas com outras do jornalista Josias de Souza, que de todos que li foi o que considerei detentor da melhor análise (ou daquela que mais se aproximou da minha).
Considerei esse primeiro embate entre Dilma e Serra e com a participação de Marina e Plínio enfadonho e em alguns momentos até cansativo. O destaque pra mim foi o bloco ancorado por questionamentos feitos por jornalistas. Antes disso, nos blocos anteriores, o que se viu foi uma série de perguntas pouco críticas e que não tocaram nos principais pontos de confronto entre os candidatos.
“Ficou no zero a zero”, disse Josias de Souza (pra ler a opinião completa dele, clique aqui). Para o jornalista, que é experiente na análise política e na cobertura de eleições, “ninguém saiu de campo contundido. E nenhum candidato fez um golaço capaz de levar a arquibancada a trocar de time”.
De acordo com Josias, na avaliação que se aproxima completamente da minha, o debate foi “melhor para Dilma Rousseff e ruim para José Serra”. Por quê? “A oposição alardeara durante meses que, nos debates, Serra faria picadinho da rival” e não fez. Já “a candidata de Lula cumpriu a tabela”. E diz mais Josias: “Serra, foi como se tivesse cedido o empate num campo que era considerado seu”.
Também esperei mais de José Serra. Embora calmo, ele não esboçou muitos ataques contra Dilma, talvez por conta dos resultados das pesquisas que o colocam abaixo da petista em até dez pontos (como é o caso da pesquisa Sensus divulgada ontem).
Já Dilma estava realmente nervosa, ainda pouco a vontade em frente às câmeras, mas de todo modo, mais preparada e com um discurso mais entendível do que em ocasiões anteriores, quando em entrevistas, não conseguia finalizar argumentos ou organizar respostas inteiras.
Mas a maior decepção do debate pra mim foi a candidata Marina Silva, que durante uma entrevista há duas semanas na TV Brasil me fez parar para prestar atenção em suas propostas, mas que ontem estava um tanto desconcertada. Ela não me empolgou.
Sobre o Plínio Arruda, tenho pouco a dizer, a não ser que ele divertiu em alguns momentos, mas assim como a maioria dos candidatos de esquerda, não propôs nada de novo e nem mostrou o caminho para que o Brasil seja um país mais igual, como tanto defendem.
No mais, outros pontos da análise de Josias de Souza:
“Cada um jogou o seu jogo. Nada de polêmicas ou caneladas. Um prenúncio do que deve ocorrer na propaganda eleitoral.”
“Dilma agarrou-se em Lula. Ao evocar a atual gestão, falou sempre num plural autoinclusivo: 'O nosso governo' fez isso, 'nós fizemos' aquilo.”
“Serra dissociou-se de FHC. Em dado momento, disse que mira o futuro, não o retrovisor. No quarto bloco, aberto a perguntas de jornalistas, teve de olhar para trás. Foi o ponto em que o debate mais se aproximou do modelo plebiscitário idealizado por Lula. Um dos “inquisidores” da emissora perguntou a Serra por que foge de FHC, como fizera Geraldo Alckmin, em 2006. Questinou-o sobre as privatizações. Podendo defender o amigo FHC, Serra acendeu o farol dianteiro: ‘Eleito, vou valorizar o patrimônio público’.”
Desse modo, não acredito que desde debate deva sair alguma alteração nos números das pesquisas. Até sábado, os institutos divulgarão novas sondagens. Vamos esperar pra ver se eu estou certo.
Considerei esse primeiro embate entre Dilma e Serra e com a participação de Marina e Plínio enfadonho e em alguns momentos até cansativo. O destaque pra mim foi o bloco ancorado por questionamentos feitos por jornalistas. Antes disso, nos blocos anteriores, o que se viu foi uma série de perguntas pouco críticas e que não tocaram nos principais pontos de confronto entre os candidatos.
“Ficou no zero a zero”, disse Josias de Souza (pra ler a opinião completa dele, clique aqui). Para o jornalista, que é experiente na análise política e na cobertura de eleições, “ninguém saiu de campo contundido. E nenhum candidato fez um golaço capaz de levar a arquibancada a trocar de time”.
De acordo com Josias, na avaliação que se aproxima completamente da minha, o debate foi “melhor para Dilma Rousseff e ruim para José Serra”. Por quê? “A oposição alardeara durante meses que, nos debates, Serra faria picadinho da rival” e não fez. Já “a candidata de Lula cumpriu a tabela”. E diz mais Josias: “Serra, foi como se tivesse cedido o empate num campo que era considerado seu”.
Também esperei mais de José Serra. Embora calmo, ele não esboçou muitos ataques contra Dilma, talvez por conta dos resultados das pesquisas que o colocam abaixo da petista em até dez pontos (como é o caso da pesquisa Sensus divulgada ontem).
Já Dilma estava realmente nervosa, ainda pouco a vontade em frente às câmeras, mas de todo modo, mais preparada e com um discurso mais entendível do que em ocasiões anteriores, quando em entrevistas, não conseguia finalizar argumentos ou organizar respostas inteiras.
Mas a maior decepção do debate pra mim foi a candidata Marina Silva, que durante uma entrevista há duas semanas na TV Brasil me fez parar para prestar atenção em suas propostas, mas que ontem estava um tanto desconcertada. Ela não me empolgou.
Sobre o Plínio Arruda, tenho pouco a dizer, a não ser que ele divertiu em alguns momentos, mas assim como a maioria dos candidatos de esquerda, não propôs nada de novo e nem mostrou o caminho para que o Brasil seja um país mais igual, como tanto defendem.
No mais, outros pontos da análise de Josias de Souza:
“Cada um jogou o seu jogo. Nada de polêmicas ou caneladas. Um prenúncio do que deve ocorrer na propaganda eleitoral.”
“Dilma agarrou-se em Lula. Ao evocar a atual gestão, falou sempre num plural autoinclusivo: 'O nosso governo' fez isso, 'nós fizemos' aquilo.”
“Serra dissociou-se de FHC. Em dado momento, disse que mira o futuro, não o retrovisor. No quarto bloco, aberto a perguntas de jornalistas, teve de olhar para trás. Foi o ponto em que o debate mais se aproximou do modelo plebiscitário idealizado por Lula. Um dos “inquisidores” da emissora perguntou a Serra por que foge de FHC, como fizera Geraldo Alckmin, em 2006. Questinou-o sobre as privatizações. Podendo defender o amigo FHC, Serra acendeu o farol dianteiro: ‘Eleito, vou valorizar o patrimônio público’.”
Desse modo, não acredito que desde debate deva sair alguma alteração nos números das pesquisas. Até sábado, os institutos divulgarão novas sondagens. Vamos esperar pra ver se eu estou certo.
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