O lançamento do site do deputado federal Mendonça Prado ontem se transformou no mais importante evento promovido pela oposição em Sergipe até o momento. Não que o site tenha algo de fantástico, não é isso. O site é bom, muito bem feito e planejado, mas seu lançamento se tornou coadjuvante diante das presenças do ex-governador João Alves, da senadora Maria do Carmo – que há muito não participava de eventos políticos –, do deputado federal Antônio Carlos Magalhães Neto e do deputado federal Paulo Bornhausen, líder do DEM na Câmara, além de políticos sergipanos – todos do Democratas. À exceção ficou por conta do ex-deputado federal João Fontes.
A festa era da oposição, que pela primeira vez afirmou com todas as letras que João Alves será sim candidato ao Governo de Sergipe. Além disso, as entrevistas e o discurso do deputado ACM Neto trataram da importância que é para a oposição a vitória de José Serra na disputa pela presidência do país. Outro ponto assinalado repetitivamente pelo parlamentar baiano foi a necessidade de se montar um palanque único para Serra em todos os estados do Nordeste.
De acordo com Neto, somente assim Serra terá chances de crescer na região, não permitindo que a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, tenha uma vantagem esmagadora no Nordeste, como esperam os petistas e como apontam as pesquisas. Até outubro – faltam cinco meses – muita água ainda vai rolar por debaixo dessas pontes, mas a oposição corre para montar os melhores palanques para Serra. É uma questão de honra para PSDB e DEM conseguirem derrotar a candidata do presidente Lula.
Em Sergipe, o gargalo está na definição do PSDB. Eu, pessoalmente, acredito que esta aliança irá se confirmar, mas não a vejo em condições muito diferentes do que foi em 2006. Se é que neste ano não será ainda pior com o PSDB mantendo claramente sua aliança com Edvaldo Nogueira em Aracaju. Como será a corrida pelo voto na capital nessas condições? De um lado Déda e Edvaldo e do outro João e Albano? Albano ficará confortável num palanque onde as criticas naturalmente irão jorrar sobre a administração de Edvaldo? Administração essa que ele apóia? Complicado não?! E a presidente do partido, a vereadora Mirian Ribeiro irá para que palanque? E Waldoilson Leite, que é presidente da Funcaju e é parte do PSDB?
Estas são as interrogações que podem levar a divisão do palanque de Serra aqui em Sergipe, que ainda terá o palanque de Nilson Lima, do PPS, que definitivamente não abrirá mão da sua candidatura ao Governo pela de João Alves, o que significa que ao menos dois palanques serão postos para Serra. E se der a doida no PSDB e ele seguir com candidaturas independentes (o que é muito difícil, mas não impossível), serão três os palanques do ex-governador de SP no Estado. Essa divisão (tanto em dois como em três) não é positiva para o tucano. Confunde o eleitor.
Essas foram questões levantadas pela imprensa no evento de Mendonça, mas que não puderam ser respondidas por nenhum deles. A indefinição de Albano está deixando a oposição louca. Além disso, o DEM ainda espera por um racha no grupo de Déda para que em sobrando um ou outro grupo, se coligue com a oposição. Ainda falta o vice de João e ele precisa de tempo na TV. Só o tempo do DEM não será suficiente, assim como não foi pra Mendonça na disputa pela prefeitura de Aracaju em 2008.
Estes dois últimos meses darão muita dor de cabeça para que os partidos fechem as alianças e definam seus rumos. O evento do DEM na sexta foi importante para mostrar que João será o candidato e para mostrar que o grupo está bem vivo e forte. Seus dois líderes estarão juntos – João e Maria – para o embate com Déda. A eleição polarizada seguirá muitos caminhos, que podem dar nova configuração ao meio político no Estado a partir de janeiro de 2011.
Mas antes do período eleitoral começar, a oposição precisa de mais alguém do seu lado e precisa de união. Não entre os democratas – nisso eles estão mais do que prontos – mas com outros aliados que puderem se chegar. Se os casamentos se concretizarem por obrigação ou forçados, a tendência é de divisão interna e isso só favorece o time adversário.
Obs.: O site do deputado Mendonça Prado é muito bem feito e deve servir de modelo para outros políticos sergipanos que precisam estabelecer um contato mais próximo com os cidadãos.
A festa era da oposição, que pela primeira vez afirmou com todas as letras que João Alves será sim candidato ao Governo de Sergipe. Além disso, as entrevistas e o discurso do deputado ACM Neto trataram da importância que é para a oposição a vitória de José Serra na disputa pela presidência do país. Outro ponto assinalado repetitivamente pelo parlamentar baiano foi a necessidade de se montar um palanque único para Serra em todos os estados do Nordeste.
De acordo com Neto, somente assim Serra terá chances de crescer na região, não permitindo que a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, tenha uma vantagem esmagadora no Nordeste, como esperam os petistas e como apontam as pesquisas. Até outubro – faltam cinco meses – muita água ainda vai rolar por debaixo dessas pontes, mas a oposição corre para montar os melhores palanques para Serra. É uma questão de honra para PSDB e DEM conseguirem derrotar a candidata do presidente Lula.
Em Sergipe, o gargalo está na definição do PSDB. Eu, pessoalmente, acredito que esta aliança irá se confirmar, mas não a vejo em condições muito diferentes do que foi em 2006. Se é que neste ano não será ainda pior com o PSDB mantendo claramente sua aliança com Edvaldo Nogueira em Aracaju. Como será a corrida pelo voto na capital nessas condições? De um lado Déda e Edvaldo e do outro João e Albano? Albano ficará confortável num palanque onde as criticas naturalmente irão jorrar sobre a administração de Edvaldo? Administração essa que ele apóia? Complicado não?! E a presidente do partido, a vereadora Mirian Ribeiro irá para que palanque? E Waldoilson Leite, que é presidente da Funcaju e é parte do PSDB?
Estas são as interrogações que podem levar a divisão do palanque de Serra aqui em Sergipe, que ainda terá o palanque de Nilson Lima, do PPS, que definitivamente não abrirá mão da sua candidatura ao Governo pela de João Alves, o que significa que ao menos dois palanques serão postos para Serra. E se der a doida no PSDB e ele seguir com candidaturas independentes (o que é muito difícil, mas não impossível), serão três os palanques do ex-governador de SP no Estado. Essa divisão (tanto em dois como em três) não é positiva para o tucano. Confunde o eleitor.
Essas foram questões levantadas pela imprensa no evento de Mendonça, mas que não puderam ser respondidas por nenhum deles. A indefinição de Albano está deixando a oposição louca. Além disso, o DEM ainda espera por um racha no grupo de Déda para que em sobrando um ou outro grupo, se coligue com a oposição. Ainda falta o vice de João e ele precisa de tempo na TV. Só o tempo do DEM não será suficiente, assim como não foi pra Mendonça na disputa pela prefeitura de Aracaju em 2008.
Estes dois últimos meses darão muita dor de cabeça para que os partidos fechem as alianças e definam seus rumos. O evento do DEM na sexta foi importante para mostrar que João será o candidato e para mostrar que o grupo está bem vivo e forte. Seus dois líderes estarão juntos – João e Maria – para o embate com Déda. A eleição polarizada seguirá muitos caminhos, que podem dar nova configuração ao meio político no Estado a partir de janeiro de 2011.
Mas antes do período eleitoral começar, a oposição precisa de mais alguém do seu lado e precisa de união. Não entre os democratas – nisso eles estão mais do que prontos – mas com outros aliados que puderem se chegar. Se os casamentos se concretizarem por obrigação ou forçados, a tendência é de divisão interna e isso só favorece o time adversário.
Obs.: O site do deputado Mendonça Prado é muito bem feito e deve servir de modelo para outros políticos sergipanos que precisam estabelecer um contato mais próximo com os cidadãos.
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