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“Estou muito bem, mas antes de retomar o Governo quero 10 dias de férias”, diz Déda

Governador conta como foi cirurgia, fala da recuperação, agradece apoio e oração dos sergipanos e elogia atuação de Belivaldo

O governador Marcelo Déda, PT, que ainda se recupera em São Paulo da cirurgia para retirada de um nódulo no pâncreas, concedeu sua primeira entrevista após a saída do hospital. Mas esta não foi realizada com veículos de imprensa, e sim com o secretário de Estado da Comunicação, Carlos Cauê. A conversa está disponível em vídeo no blog do Governo (http://www.e-sergipe.net/). Com uma boa aparência, Marcelo Déda deixa claro que está em ótimas condições de saúde e afirma estar satisfeito com o ‘excelente’ trabalho realizado pelo governador em exercício, Belivaldo Chagas, PSB.
Sobre a descoberta da lesão no pâncreas, Déda explica que sua viagem a São Paulo foi motivada pela palestra que realizaria para empresários na Fiesp no dia 30 de setembro e por conta disso ele aproveitou a oportunidade para realizar exames de rotina. “Fui fazer um checape de rotina da área cardíaca e o médico solicitou que fosse feita uma tomografia coronariana e aí foi quando ele pediu que baixasse um pouco o equipamento para verificar o meu abdômen e foi quando ele percebeu a existência de um caroço no pâncreas de 1,8 cm”, detalha.
A partir daí o médico informou para o governador que precisaria se submeter a uma cirurgia para retirada do nódulo. “Dei a palestra, me reuni com empresários, tive uma reunião com o vice-governador, o prefeito de Aracaju e alguns secretários e comuniquei da cirurgia. Solicitei que eles dessem seguimento à nossa agenda e na sexta-feira, dia 2 de outubro, eu entrei na sala de cirurgia, para extirpar o nódulo”, relata.
O procedimento cirúrgico durou quatro horas e quando os médicos realizaram a biopsia foi constatado que era uma pancreatite focal e que não havia nenhuma célula cancerígena. “Conseguimos tirar a grande preocupação de que fosse um tumor maligno e, feita a cirurgia, o problema está definitivamente resolvido”, garante Déda, que ressalta que a partir de agora terá que mudar sua alimentação.
“Vou ter novos hábitos alimentares. Reduzir a gordura e ter uma dieta mais saudável. Aquele negócio de sarapatel, buchada e feijoada eu não vou poder, no mínimo, pelos próximos dois anos”, avisa. Vegetais, peixe e frango passarão a fazer parte da nova dieta do governador. “Será uma mudança de vida, perderei um pouco do sabor, mas vou ganhar em saúde”, frisa.
COMO ESTÁ SE SENTINDO
Marcelo Déda afirmou que agora está sem sentindo bem. “Vim para um hotel, estou consultando os médicos, indo ao ambulatório, mas estou me sentindo muito bem, embora um pouco fraco ainda. Foram 20 dias de internação, mas agora estou com uma vida quase normal, indo ao cinema, a exposições, teatro, retomando a normalidade”, ressaltou.
Sobre a volta ao Estado e ao trabalho, o governador explicou que até o início da próxima semana ele estará liberado pelos médicos. “Mas antes de retomar o governo, quero de oito a dez dias, para dar uma descansada. Os 20 dias no hospital foram longos. Quero matar a saudade dos filhos, dos meus pais, da família, matar a saudade do sol, da praia, voltar a respirar o ar de Sergipe, recarregar as baterias, para só assim retomar com tranquilidade as tarefas do governo”, disse.

“Estou nessa batalha desde 2001. Faz tempo que eu não sei o que são férias. Acho que é bom cuidar um pouco da gente, dar uma recuperada e voltar com todo gás para as realizações e as transformações do Estado”, justificou.

BELIVALDO
Déda também ressaltou sua satisfação quanto ao trabalho desenvolvido por Belivaldo Chagas. “Está fazendo um trabalho extraordinário. Além de ser um grande vice, ele é também um homem de bem, leal, coreto, muito competente. Tudo que combinamos foi feito. Nenhuma obra foi atrasada, nada foi cancelado”, elogiou.


O governador aproveitou a entrevista para agradecer o carinho dos sergipanos e para destacar que esteve em todo momento confiante em Deus. “Ao tomar conhecimento das visitas, das correntes de orações de pessoas de todas as religiões em Sergipe, você não sabe que ânimo isso me deu! Nos momentos de maior preocupação e mais sofrimentos, eu sei que não estava sozinho. Estava com o povo ao meu lado”, afirmou.
Déda disse ainda que nos momentos à noite, quando acordava febril ou com dor localizada, tinha a impressão que escutava os versos de uma música que gosta muito. “Diz assim: ‘o mundo até pode te fazer chorar, mas Deus te quer sorrindo’. Quando a dor e a preocupação vinham, eu me lembrava desse verso e dizia pra mim mesmo: ‘Déda, o mundo e essa cirurgia podem até estar querendo fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo’. Esse verso que vinha à minha mente, ao meu coração e aos meus lábios, nascia das orações, da fé, da solidariedade e do amor do povo de Sergipe. Eu quero agradecer do fundo do meu coração”, afirmou.
Por Valter Lima

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